Do taxímetro ao Uber, do toca-fitas ao Spotify e da Barsa ao ChatGPT. Por quais etapas nós percorremos diante dessas mudanças e qual a nossa capacidade de assimilar as novas tecnologias e inovações no condomínio?
Nesse sentido, recentemente participei de uma palestra do Odirley Rocha onde nos foram apresentadas as inovações no condomínio que estarão presentes em 2030 e eu fiquei chocado. Loucura ou realidade?
Anteriormente a isso, durante toda a turnê do Jornada Condominial 2023, que vem percorrendo diversas cidades do país, o Odirley tem apresentado tendências no mercado condominial e inovações no condomínio.
Entre elas, existem algumas altamente disruptivas, que poderão se tornar tendências ou meramente modismos. Nesse sentido, o metaverso é a minha maior dúvida. Isso porque ninguém pediu por aquilo tudo e existem formas mais fáceis de resolver dores – que talvez nem existam.
Inovações no condomínio: o que vem por aí?
Primordialmente, além do metaverso, foi previsto por Odirley Rocha o uso de drones em serviços relacionados aos condomínios e convivência, como em vistorias de fachadas e entregas de encomendas.
Além disso, os robôs realizarão manutenções periódicas, como limpeza de piscinas ou conservação de jardins – sim, como nos filmes.
Sobretudo, a bola da vez é a inteligência artificial, que surgiu como uma forte aliada na segurança e “concierge” virtual em tempo integral.
Todavia, a palestra, que também fala amplamente sobre futuro, não se limitou apenas às inovações nos condomínios. Analogamente, Odirley deu um destaque especial ao uso da realidade virtual para a prática de exercícios físicos. Surpreendentemente, estaríamos vivendo a era do fim das academias de ginástica e início dos centros de saúde?
Como lidamos com inovações no condomínio?
Não é possível prever com exatidão se tudo isso realmente acontecerá. Em teoria, seria incrível ter toda essa tecnologia no nosso dia a dia, mas até que ponto o ser humano é aberto a inovações?
Por exemplo, hoje muitas vovós encontram no WhatsApp uma forma de participar da vida dos seus netos, mas quanto tempo levariam para adotar um novo aplicativo de conversas se seus netos o fizessem?
Por outro lado, vivenciamos recentemente o recorde histórico da nova plataforma da Meta, Threads, que conquistou 1 milhão de usuários em apenas 1 hora. Após 5 dias, mais de 100 milhões de usuários – em sua maioria da geração Z e millenials – já haviam se inscrito.
Ou seja, pela primeira vez na história, as 4 gerações (“baby boomers”, geração x, “milennials” e geração z) habitam e trabalham em um mesmo ambiente, e o tempo que algumas das inovações citadas levarão para se firmarem dependerá de como cada geração reage ao ciclo da mudança.
O ciclo da mudança e suas 5 etapas
Embora o ciclo da mudança seja um conceito amplo, o tempo que cada um leva para percorrê-lo é individual e varia conforme o perfil de cada um. Por exemplo, algumas pessoas serão as primeiras a querer testar as novidades – os inovadores. Outras, levarão mais tempo para aderir a elas.
Se olharmos para o nosso passado, podemos ter um vislumbre do futuro. Nesse caso, isso significa avaliar como tem funcionado a adesão às novas tecnologias nos últimos tempos em nossa sociedade.
Do caixa eletrônico ao ChatGPT, o processo de mudança passa por essas 5 etapas:
Negação: você duvida e busca razões para não adotar o novo;
Avaliação: quando, após a recusa inicial, você busca informações sobre a novidade;.
Preparação: você decide dar uma chance, após diversos relatos dos inovadores, sobre as maravilhas da novidade. Não entrar seria um retrocesso;
Ação: com todas as informações coletadas, você decide experimentar. Esse é o momento em que você se cadastra nas novas plataformas. Muitos param por aqui, dependendo da sua experiência com a novidade;
Hábito: mas, se a experiência for boa, é aqui que separamos o modismo da tendência. Você passa a ficar dependente da novidade, que resolve um problema real.
Inovações no condomínio e o
futuro
Estamos vivendo uma transformação acelerada nos condomínios devido às inovações tecnológicas emergentes, que estão moldando nossa forma de vida, interação e gestão de espaços compartilhados.
O cenário futuro apresentado por Odirley Rocha em suas palestras nos mostra possibilidades fascinantes e céticas. Observando atentamente as mudanças passadas, fica claro que o ciclo da mudança é uma constante entre as gerações.
O percurso que trilhamos perante as novidades, desde a negação inicial até a sua integração como parte essencial de nossas vidas, é um reflexo do dinamismo humano e das características distintas de cada geração.
Nesse sentido, as etapas de negação, avaliação, preparação, ação e, por fim, o estabelecimento de um hábito, delineiam a jornada que indivíduos de todas as idades enfrentam ao confrontar o novo.
A moral da história é que o desafio para administradores de condomínios reside em compreender e respeitar essas diferenças no ritmo de adoção.
De onde sairá a próxima grande inovação?
Eu continuo buscando e testando novidades. Inclusive, já estou de malas prontas para a 2ª Edição do Congresso #SouSíndico Conectado, que será 28 de outubro 2023, na bela Florianópolis/SC.
São nestes encontros que eu busco – e que você deve buscar – por novidades, inspirações e novas conexões.
Leonardo Diniz Mascarenhas
Embaixador Porter
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