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O que a turnê do Coldplay ensinou ao mercado condominial?

O Congresso Sou Síndico Campeão, promovido pelo Porter Group no final de 2022, foi um divisor de águas e trouxe muitas “viradas de chave” com conceitos nunca antes vistos no mercado.

Um desses pontos foi a palestra do Cláudio Vicente, maior especialista no Modelo Disney de Encantamento do Brasil, que fez um paralelo sobre a “metodologia Disney” e a administração dos condomínios. 

Inspirado neste conceito e pela minha própria presença no descoberto Morumbi, estádio do São Paulo Futebol Clube, percebi que temos muito a aprender e – principalmente – desaprender. 

O que elencarei aqui são algumas reflexões sobre nosso Mercado que tive ao vivenciar o fenômeno da banda Coldplay, que tem arrastado multidões Brasil afora:

Um show de amor – e de terror – que nos mostra que a boa experiência é responsabilidade de todos.

Então, vamos lá?

1. Torne seu cliente parte do show 

As pulseiras que emitem luzes no ritmo das músicas trazem o público para o centro do palco. Além disso, fãs foram convidados a subir no palco e com certeza tiveram um dos melhores dias de suas vidas. A entrega superou as expectativas porque os colocou no papel de atores e não de meros espectadores.

Todas as “tribos” foram reverenciadas: a bandeira LGBT tremulou com grande destaque. O mês da Síndrome de Down foi lembrado e quem tem deficiência auditiva recebeu coletes com sensores que vibravam no ritmo do som, além da tradução em libras de algumas músicas.

ESG, que é uma sigla da língua inglesa para Enviromental, Social and Governance e consiste em práticas que visam a gestão socialmente consciente e sustentável de empresas, foi aplicado em diversos momentos no contexto do show. 

A inclusão e o respeito pairavam em todo o ambiente. Afinal, ali éramos – ou ao menos nos faziam sentir – as estrelas. Assim como todos os condôminos devem ser.

2. Escute seus fãs. Seja grato

Fiquei tão encantado com as pulseiras brilhantes que procurei descobrir de onde surgiu a ideia. Poderia – e deveria – ser algo normal, mas fiquei surpreso ao saber que elas foram sugeridas por um fã. Um frequentador de shows. 

Imagino que a primeira reação da produção tenha sido a mais cômoda: impossível. Mas eles fizeram o básico e convidaram o autor da ideia para ouvir o que ele tinha em mente. Assim nasceu uma nova era nos shows pelo mundo. 

A grande lição aqui é: dê atenção a toda e qualquer sugestão. Inclusive aquelas travestidas de críticas e ofensas. Extraia o melhor dos seus condôminos. Aprenda a ouvir. Muitos querem apenas sua atenção em meio a uma carência infernal, e ninguém melhor do que eles para muni-lo de boas ideias. 

Essa atitude pode diferenciá-lo do gestor comum, barateiro e às vezes negligente. Aquela ideia maluca, recebida de quem quer que seja, pode vir a ser o grande diferencial na sua história.

3. Fale a língua do público

O carismático vocalista Chris Martin, por várias vezes, fez colocações em português. Isso o tira do papel de intocável e o torna um “amigo na mesa do bar”. Em dado momento, ele mostrou sinceridade quando disparou, ao ouvir a multidão em coro o saudando: “não sei o que vocês estão falando, mas me soa bem.” 

Assim como Martin, use mecanismos que o aproximem do público. No seu caso, isso não significa necessariamente estar próximo de forma física: 

  • Não deixe ninguém sem resposta, mesmo que não esteja entendendo nada;
  • Faça pesquisas constantes e saiba como está o seu “NPS”. Mantê-lo alto pode torná-lo indispensável na gestão, além de evitar surpresas com a perda inesperada de um contrato.

A lista não para aí, mas não vou me alongar porque isso daria um artigo inteiro somente sobre o tema e não quero nos desviar do que temos a aprender aqui. 
Mas indo ainda além, o que temos a desaprender e onde entra o terror nessa história? É daí que vem a grande lição, pois ainda temos comportamentos que precisam ser reavaliados.

4. Prepare-se para o show. Nem tudo depende da produção

Como consumidor, a minha experiência foi ótima, porque nos preparamos para o caos diante do cenário que se avizinhava: expectativa de chuva, os carros por aplicativos não conseguiriam atender a demanda, era preciso chegar cedo na fila para garantir um lugar melhor e os tão temidos “trombadinhas” estariam ávidos em busca do lucro fácil. 

Chegamos cedo e tomamos 05 horas de chuva, claro que devidamente trajados com capas compradas por apenas R$6,00. O celular foi dispensado, e no bolso, apenas dinheiro suficiente para não passar fome. O risco da perda estava limitado a dois sanduíches, algumas águas e poucos refrigerantes. 

Por outro lado, na internet pipocaram relatos de maus tratos, arrogância por parte dos seguranças, furtos seguidos de sequestro de dados, preços abusivos, espaços sem visão do palco principal e houve quem alegasse falta de planejamento na execução. 

Mas de quem foi a falha: da produção, de São Pedro ou de quem não soube ler o cenário? Assim também funciona nos condomínios. Culpar o síndico sempre foi o caminho mais curto e cômodo. 

Muitos não conhecem as regras, não participam das assembleias e, ainda assim, esperam um resultado surpreendente. No entorno do estádio, muitos reclamaram de terem pago R$40,00 – diante de um temporal – em uma simples capa de chuva. Neste caso, bastava usar o direito de não comprar. Se o fez, é porque aquele era o real valor da proteção. 

Outro ponto, este sim triste e lamentável, que nos mostra que ainda não atingimos a excelência como cidadãos, é o fato de São Paulo ter retornado com o menor índice de pulseiras da turnê mundial. E pasmem: alguns ainda tentam, como os trombadinhas citados acima, vender o objeto furtado no show em que foram a principal estrela. 

Será que quem anda reclamando de tudo, tem um “troféu” desse em casa?

5. A relação custo x benefício é o que vale (e não o preço)

Sim. É caro mesmo. No nosso caso, além dos ingressos, incluiu transporte e hospedagem. Poderíamos ter ido a um show cover em nossa cidade ou acompanhar pelas redes sociais os incontáveis relatos. A economia seria absurda. Porém, revisamos nosso orçamento familiar e decidimos quais sacrifícios deveríamos fazer. O “Ifood” foi diretamente impactado, entre outros supérfluos do dia a dia. 

O resultado valeu a pena, pois por muitos anos iremos nos lembrar da noite mágica que vivemos. Estendo meu muito obrigado àqueles que foram citados pelo líder da banda. Não foram poucos os agradecimentos. Sempre é bom exercer a gratidão, um dos mais nobres sentimentos. 

Aqui fica o último desaprendizado óbvio: não considere o preço como único balizador de uma contratação. Foque na entrega e nos benefícios. Faça o seu planejamento. O barato sempre sai caro. O cover é bom, mas tem efeito limitado ou pode ser um desastre. Decida com a comunidade o que será cortado ou adiado. 

As lições de Walt Disney, Mickey, Pateta, Minie, Chris, Jonny, Guy, Will, Phil e um tanto de gente bacana estão aí para serem estudadas e principalmente aplicadas.

Congresso #SouSindico Conectado 2023

Experiências como essa, que milhares de pessoas viveram durante os shows da turnê do Coldplay, são divisores de águas em nossas vidas. Em alguns sentidos, ganhamos muito ao nos presentearmos assim de vez em quando.

Outro evento que, com toda certeza, deixou o mesmo sentimento foi o Congresso #SouSindico Campeão, que mencionei no início do texto. Em termos de carreira e desenvolvimento, ganhei muito quando resolvi me dar este presente.

Então, que venha logo o Congresso #SouSíndico Conectado 2023. Eu já estou me preparando para estar em Florianópolis/SC, no dia 28 de outubro. Faça chuva ou faça sol. Eu sei que valerá a pena.
Se quiser aproveitar enquanto os ingressos estão no primeiro lote e ainda garantir 20% de desconto, vou deixar o link de compra com meu cupom exclusivo para você comprar agora!

Leonardo Diniz Mascarenhas 
Embaixador Porter
(31) 9.9406-5000
leo@nextin.com.br
leonardo.mascarenhas@behonest.com.br